domingo, 3 de outubro de 2010

Goma 9


Pareço estar quase convicta de que não vim ao mundo prá pouco ou quase nada. Sabe aquele reboliço interior que a gente tem de vez em quando? É mesmo como uma urticária que irrita, pinica e debilita. Ando assim há dias. Aliás, não ando e nem me mexo há dias. Há tantas dúvidas explodindo sem socorro aparente! E fuçar atrás disso não me tem sido muito atrativo. A resposta a isso como socorro, é claro, eu também não tenho. Mas tenho tido vontades. Isso me parece um bom começo. Assisti “O cavaleiro templário”. Gostei. Nem cochilei. Acho que é um sinal do efeito das férias e do desemprego, gerador do meu ócio recente e pouco criativo. Minhas novas metas têm um gosto que não conheço. Ainda não retirei o embrulho e tenho medo de o sabor não ser o doce tutti-frutti. Hoje, depois de seis horas estudando, senti dor de cabeça. Deve ter sido a atrofia rompida dos neurônios. Tomei café e comi quatro bananas nanicas. Não almocei e agora penso em um cachorro-quente. Daqui a pouco o motociclista vai buzinar na porta de casa e eu vou engolir 200 calorias. Tudo bem se amanhã a caminhada me seduzir... Por falar em amanhã, tenho prazos a cumprir. É dia de apresentar textos, vídeos e análises – a história de viver mestrado é pura malhação. Por isso minha cabeça doeu: o relax acabou e retornar aos exercícios cognitivos fez calos. Estou bem. Pensando em controlar impulsos e compulsões. Tentando agilizar feitos e fatos. Fora as dúzias de livros em que remexi hoje, assisti o pay per view do Big Brother, tomei banho com ervas e canela e quis mexer na cor do cabelo (acho que vou ficar ruiva, ruiva cereja, daqui um mês). Ai, o cachorro-quente chegou e meu namorado foi pegar. Agora vou ali, engordar a barriga prá depois conseguir engordar, mais um pouco, o pensamento. Até!


(Em 01 de fevereiro de 2010)

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