domingo, 3 de outubro de 2010

Goma 10


Goma com sabor de Carnaval. Depois de ver bonecos gigantes na pracinha de Rio de Contas, chorar de tanto rir das besteiras encantadoras do meu pai, dormir congelando, namorando e roncando no ar condicionado do quarto emprestado de Marcelão, voar num Adventure Locker rumo a uma fazenda sem graça nenhuma e voltar pra casa cheia de sono e barriga cheia de alegria, o sabor é esse mesmo: colorido, musical, saltitante... O fato é que agora tenho de novo duas dúzias de leituras prá fazer e produções densas prá dar conta, pay per view do BBB, preguiça prá conter e esteira prá correr. Tem também carambolas prá colher e receita nova de macarronada light. Logo mais tem formatura da cunhada prá prestigiar, figurino Minas Cult prá lançar e chá mate prá equilibrar. Aqui em casa já fazem campanha antifumo e quase já não tenho mais prá onde correr. O banho nas três cachorrinhas me deu dor nas costas e o dorflex de depois foi mais que duas doses de lexotan. Alguém disse no twitter que não vê graça nos desfiles das escolas de samba. Pois eu devo dizer: adoro horrores! E, claro, vou parar tudo prá assistir a votação de hoje à tarde. Com tanta coisa prá viver, eu não deixo mesmo é de pensar no momento próximo de rever Verônica, com seu filhote Pedro, depois de alguns anos distante. Eu sempre falo de saudades, porque são muito difíceis de sentir e mais ainda de matar, mesmo tendo que alimentar para que momentos especiais jamais deixem de existir. Pois... tenho essas saudades prá sentir, matar, fazer crescer e renascer prá sempre nesse meu peito tão intenso de verdades construídas, próximas, póstumas, tórridas, evocativas, sólidas, silenciosas, libertadoras.


(Em 17 de fevereiro de 2010)

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