domingo, 3 de outubro de 2010

Goma 7


Embora eu tenha acordado um pouco cansada, dolorida e com uma afta grande sob a língua, consigo sentir um pouco mais de paz aqui dentro, no meio dessa bagunça emocional costumeira. Que bonitinho era a Fernanda Takai cantando “...tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo...”. Disso aí fico com a última das virtudes, porque a mente é mesmo inquieta e a espinha, cifótica. Continuo sedentária, mesmo pensando, repetidamente, em utilizar aqueles aparelhos de ginástica da sala da minha casa. A mente, sem pernas... e barriguda! Ao menos consigo movimentar alguma decisão. Sabe-se que tudo o que existe só o é quando sai do plano das idéias. Acho que vou conseguir. Acho, sim. Correr de novo e usar jeans com top justos. E dizer, como já foi: “...não, não aceito... não como doces, a não ser em fins de semana!”. Quanto controle! Preciso disso. E como! Não, não como, quero dizer... (rsrs). Tenho assistido o Big Brother Brasil por mais de cinco horas, todos os dias. Di César, Serginho, Uilliam e Cadu, além de Elenita – meus favoritos, nessa ordem. Claro que imagino o tempo inteiro como ou quem eu seria caso estivesse ali. E tenho que imaginar também qual daqueles poderia sentar-se comigo para umas sessões de terapia. Aí passo a não saber quem seria o terapeutizado ou o insano mental. Okey. Parei... parei de imaginar para passar a outro estágio: sentir. E foi muito especial passar algumas horas num calor infernal – ainda mais intenso que o habitual – no estúdio, ainda improvisado, de João Omar. Estive tímida, como afirmou Ricardo Lins. E assim ficou minha voz na gravação – contida, mas não ruim para o propósito. O tal momento vai ser reverberado no casamento de amanhã. Que susto... e agora? “Com que roupa eu vou? Com que roupa eu vou?”. Não posso abusar do amarelo, prá não combinar demais com a decoração, me pediu o noivo. Okey, devo me movimentar, por causa das obrigações urgentíssimas da tarde: renovar a CNH vencida; dar queixa da identidade rara, quase relíquia, roubada/ perdida/ seqüestrada da minha tia; pegar na ótica os óculos do meu namorado lindo, recém mastigados pela baby dog Miucha, agora restaurados, espero; dar entrada em meu seguro desemprego (sim, estou quase totalmente desempregada!); montar meu visú – e do namorado lindo – p’rá o casório, com riscos de precisar de mais detalhes... vou comprar, uêba! – continuo uma socialista de mercado; levar a lembrança dos noivos. Só. No final do dia, tenho certeza, vou querer o dengo mais carinhoso do mundo inteiro... com direito a pijaminhas fofos e lençóis – p’rá voltar ao BBB.


(Em 22 de janeiro de 2010)

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