sábado, 26 de setembro de 2009

E o que são os meus escritos?

…tive de perguntar ao espelho… porque a minha filosofia, quase vã, não é capaz de esclarecer… já andei imaginando que talvez as minhas dúvidas sejam muitíssimo óbvias. Mas logo em seguida pensei que a obviedade também pode ser duvidosa…

Os meus escritos não sei o que são. As minhas palavras muitas vezes não sabem o que querem expressar, ainda que expressem. Nem mesmo sabem de onde vêm. Ah… mas sinto que sei… sei que elas vêm de onde ninguém pode ver… nem eu. Nem eu. E nem ninguém. Sei que por mais que esses meus escritos e essas minhas palavras não saibam de onde vêm e nem entendam o que querem dizer, dizem o que habita meu íntimo… Sim… mais uma vez devo falar de amor… porque é tudo o que sinto… Hoje. É tudo o que senti ontem… e é, p’rá mim - não há dúvida óbvia e nem qualquer obviedade duvidosa - tudo o que quero sentir até que eu não saiba e nem sinta mais de onde eu mesma venho… nem p’rá onde vou… Eu desejo sentir amor até que nem eu possa sentir os meus limites de corpo e nem possa julgar acerca do meu destino. Talvez então eu possa ver… ver e saber, enfim, o que foram esses meus escritos…


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