sábado, 23 de abril de 2011

...tomei uma pílula.


Muitos dias se passam e tanto se passa pelos meus dias. As luzes se acendem e se apagam nos prédios em meu entorno. O tempo inteiro as pessoas caminham muito e pouco se falam. Em Paris o que vejo é excesso de cigarros e falta de sorvetes. Apesar de bicicletas simpáticas rodarem seus cilindros pelas ruas sem Sol nem cor, a força dos metrôs corrompe qualquer idéia de ritmo saudável. Muito frio, pouca chuva. Queimadura pelo vento. Pele ressecada e ressequida. E o glamour. Nos cabelos, nos sapatos, nas feições sempre blasé da tipicidade francesa. Losers tocando "La vie en rose" pra conseguir seus trocados com cara das migalhas que os pombos procuram pelas praças das catedrais. Acho que, às vezes, não conseguia me sentir tão bem. Mas hoje tomei uma pílula. Já fazia tempo que isso não acontecia. E veio outro despertar. E um outro adormecer. Talvez se possa saber nais do que estou falando aqui: http://tomesuapilula.blogspot.com/ Agora pareço melhor. Posso adormecer e depois despertar.

Um comentário:

  1. Não tinha visto esta pérola, Teteiazinha. E que incrível sintonia, como a que sempre temos. Porque acabo de finalizar um novo texto em que falo de Paris, em que falo de encontros e desencontros, do tempo, de como as coisas parecem insípidas hoje, de certa saudade e ainda da vida e da morte. Tudo ao som do belíssimo álbum do Jay-Jay Johanson, que eu adoro e, em grata surpresa, lançou algo tão diferente do que costumava fazer com sua música eletrônica retrô. Agora ele canta canções tristes. Ou tristemente belas. E eu também canto assim. Bjo. Amo.

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