domingo, 19 de fevereiro de 2012

A morte dessas formas de ver o mundo


São os saberes que precisam morrer. Aniquilações de um Deus de um partido cristão e de um homem pactuado com a racionalidade são aspirações nietzschianas e foucaultianas que podem nos alimentar o espírito da esperança de alcançar alguma condição de singularizarmo-nos nessas formas de ver o mundo transversalizando o olhar que nos captura. Toda essa condição de uma opressão, sedução e devoramento capitalísticos é constituinte dos nossos corpos e das nossas subjetivações. Mas é preciso dobrar. É preciso singularizar nossos sentidos nessas formas de ver o mundo. Os lados, os dentros, os foras, os rizomáticos da nossa existência. Figuramos no mass media capitalístico naturalizados nos moldes de uma concepção da igualdade cuja principal função é a manutenção da diferença. Todos os saberes sobre a igualdade precisam morrer. Toda essa falácia de democracia e equidade social precisa morrer. Todas as ciências das especificidades que buscam curas, ajustes, limpezas, precisam morrer. O que há de ser mantido é todo processo passível de desconstruções, de reterritorializações, de singularizações desses modos como somos vistos pelo mundo e como nos vemos a nós mesmos, para enfim chegarmos a ser, para além de estar. 

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