A morte dessas formas de ver o mundo
São
os saberes que precisam morrer. Aniquilações de um Deus de um partido cristão e
de um homem pactuado com a racionalidade são aspirações nietzschianas e
foucaultianas que podem nos alimentar o espírito da esperança de alcançar
alguma condição de singularizarmo-nos nessas formas de ver o mundo
transversalizando o olhar que nos captura. Toda essa condição de uma
opressão, sedução e devoramento capitalísticos é constituinte dos nossos corpos
e das nossas subjetivações. Mas é preciso dobrar. É preciso singularizar
nossos sentidos nessas formas de ver o mundo. Os lados, os dentros, os foras, os rizomáticos da nossa existência. Figuramos no mass media capitalístico naturalizados nos
moldes de uma concepção da igualdade cuja principal função é a manutenção da
diferença. Todos os saberes sobre a igualdade precisam morrer. Toda essa
falácia de democracia e equidade social precisa morrer. Todas as ciências das
especificidades que buscam curas, ajustes, limpezas, precisam morrer. O que há
de ser mantido é todo processo passível de desconstruções, de
reterritorializações, de singularizações desses modos como somos vistos pelo
mundo e como nos vemos a nós mesmos, para enfim chegarmos a ser, para além de
estar.
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