Goma com sabor de Carnaval. Depois de ver bonecos gigantes na pracinha de Rio de Contas, chorar de tanto rir das besteiras encantadoras do meu pai, dormir congelando, namorando e roncando no ar condicionado do quarto emprestado de Marcelão, voar num Adventure Locker rumo a uma fazenda sem graça nenhuma e voltar pra casa cheia de sono e barriga cheia de alegria, o sabor é esse mesmo: colorido, musical, saltitante... O fato é que agora tenho de novo duas dúzias de leituras prá fazer e produções densas prá dar conta, pay per view do BBB, preguiça prá conter e esteira prá correr. Tem também carambolas prá colher e receita nova de macarronada light. Logo mais tem formatura da cunhada prá prestigiar, figurino Minas Cult prá lançar e chá mate prá equilibrar. Aqui em casa já fazem campanha antifumo e quase já não tenho mais prá onde correr. O banho nas três cachorrinhas me deu dor nas costas e o dorflex de depois foi mais que duas doses de lexotan. Alguém disse no twitter que não vê graça nos desfiles das escolas de samba. Pois eu devo dizer: adoro horrores! E, claro, vou parar tudo prá assistir a votação de hoje à tarde. Com tanta coisa prá viver, eu não deixo mesmo é de pensar no momento próximo de rever Verônica, com seu filhote Pedro, depois de alguns anos distante. Eu sempre falo de saudades, porque são muito difíceis de sentir e mais ainda de matar, mesmo tendo que alimentar para que momentos especiais jamais deixem de existir. Pois... tenho essas saudades prá sentir, matar, fazer crescer e renascer prá sempre nesse meu peito tão intenso de verdades construídas, próximas, póstumas, tórridas, evocativas, sólidas, silenciosas, libertadoras.
(Em 17 de fevereiro de 2010)
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